Roteiro de estudo nas férias

Então, é tempo de relaxar, brincar ainda mais e de passear. Nas férias do final do ano tem espaço maior pra brincar mas, minha filha sente falta de "tarefinhas", como ela chama as atividades da escola. Eu aproveito e mantenho a rotina de estudos dela, focando naquilo que ela precisa de mais atenção.

Começamos por trabalhar as sílabas com três letras, porque são as que ela tem tudo dificuldade pra ler. Veja a imagem abaixo:

Notem que mesmo usando o mesmo esquema de famílias silábicas que a escola dela usa, ainda assim minha filha teve dificuldade para ler as palavras "basta" e "besta".
Em seguida fizemos um ditado livre, onde ela escreveu todas as palavras bem certinhas e com agilidade que me surpreendeu.

Logo depois, fiz uma sequência de palavras que ela deveria ler para poder representar em desenho. Utilizei essa estratégia porque ela adora desenhar e pintar!!

Notem que apenas a palavra "pastel" foi a que ela precisou de ajuda. Nas demais, apresentou grande desenvoltura e me chama a atenção a rapidez com que lê e desenha!

Por fim, fomos para a leitura de um texto pequeno. Veja a imagem abaixo.

Depois que ela leu a primeira frase, fiz perguntas pra ela interpretar o que foi lido, tais como "como é o nome do garoto?", "oque ele mais gosta de fazer?" É assim por diante até o final da leitura.

As palavras "pátio", "brinca" e "muito" foram as únicas que teve muita dificuldade pra ler. E serão estas que continuaremos a trabalhar amanhã. Sem pressa e sem pressões. Quando ela apresenta a dificuldade pra ler, fica logo tristonha consigo mesma. Repito sempre nesses momentos, que é preciso paciência consigo mesma. Faço ela lembrar que pra aprender a falar, ficou muito tempo falando "comimado" para dizer "iluminado" 😅😅 e logo a gente ri juntas e ela volta a ter prazer na leitura.

Uma outra estratégia que uso nesses momentos em que fica impaciente consigo mesma é tirar o desafio - no caso, as palavras com sílabas de três letras.
Veja a figura abaixo.

Utilizei apenas palavras que ela já conhece e que eu sabia que teria êxito em realizar sem travar. Isso a traz de volta para a motivação, valorizando-se a si mesma.

Deixo claro aqui que não uso atividades prontas,  tipo impressas, porque é no processo do fazer a primeira atividade que ela quem me dá sinais de que palavras precisam ser mais trabalhadas ou quando eu preciso retirar o desafio de cena pra que ela se perceba exitosa nas atividades, mantendo a sua motivação e autoestima sempre pra cima. Para isso, sempre deixo a atividade da leiturs em primeiro lugar e depois o pintar pois, no tempo em que ela gasta pra pintar as figuras é o tempo em que produzo a próxima atividade.

Quando lhe apresento a próxima atividade, ajudo à ler o comando da questão para que tenha autonomia quando estiver na escola. Depois que ajudo com o comando da questão, me viro pra produzir a próxima atividade, enquanto ela responde a outra. De olho nas suas atividades, consigo me antecipar para produzir os próximos desafios. É uma estratégia que criei para o caso dela e que vem dando muito certo, até agora.